Eu fiz tanta questão de ser diferente pra você, tanta questão de fazer seu coração parar, sem intenção nenhuma. Eu fiz tanta questão de você. Não sei se fui longe demais, mas fui o bastante. E por mais que ainda exista muito de você em mim, e vice-versa, não é nesse sentido que roda gira. As vezes o pouco é tanto que chega a ser mais do que deveria. As vezes o muito é tão pouco que não preenche espaço. Te levei comigo esses dias, nem sei se você notou, mas não estávamos indo pra lugar algum, foi apenas um tempo a mais, um tempo nosso. Aquele meu grito de independencia não saiu direito, não fez tanto barulho, queria ter gritado mais alto, queria que todos ouvissem, mas não quis te acordar. É estranho, mas aquela minha mania de falar sem parar, falar de mim, das minhas coisas, dos meus dias, tudo aquilo ficou em transe com você aqui. Eu já não sei mais escrever sobre algo que não seja você, não sei mais contar piadas sem ouvir seu riso, não sei passar pelos lugares sem me lembrar de como foi quando estivemos ali, ou de como seria se tivessemos estado ali. Talvez essa parte de mim um dia passe, talvez aquele pouco volte a ser pouco, talvez aquele muito um dia seja nada, mas hoje eu me alegro só em sentir você respirar perto de mim e me acabo por não ser capaz de dizer, de gritar, de olhar do jeito que merece, e me acabo por não ser a hora, por não ser conveniente. Me alegro por você, me acabo por nós. Mas talvez, um dia aquele muito continue sendo muito e então, quem sabe.
Mas o show não pode parar.
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